quinta-feira, 1 de maio de 2008

Das angústias noturnas



Que cantem solitárias

e alheias dores

os que morrem de sonhos
por morte etérea

Os que fogem a cantar
na primavera

e adormecem sob a noite
e seus temores

Que morram de tristes formas
por muitos venenos

as noites solitárias
que ainda temo

e as manhãs inexploradas de vendaval

Enquanto ressoam
todos os gritos

de sonho, de medo
desse inverno extinto

sob a triste silhueta do arrebol

Que todos as estrelas mortas
batam novamente à minha porta

Apunhalando meu peito

Que eu morra de qualquer jeito
antes do nascer do Sol




(Jessiely Soares)

1 comentários:

Mario Ferrari disse...

à noite morremos entre nossas imagens para ressuscitar ao nascer do sol

Belo poema!
Beijo,
Mario

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