terça-feira, 25 de março de 2008

Equilíbrio Inconstante





Entre os muros
E as casas
Equilibram-se sentadas
Uma dor e uma menina.


Entre o punho
E mais nada
Sentadas, só sentadas,
Surge vida,
Surgem cinzas.


De mais nada
Serve a luz
Nem é noite
Nem é frio


Só uma dor e uma menina
Que não sabem
Mas resistem
À triste dor de padecer


Numa alma
pequenina
Sob o Sol
E a neblina


Moram as dores mais solenes

Nessa tarde de morrer

(Jessiely Soares)

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