Foto: Felipe Ferreira
a cidade estava
anoitecida.
e com ela
ruas, pontes,
calçadas,
escritórios e
esquinas.
en(dia)brados
estavam
faróis, janelas,
luminárias
botecos, copos
e mesas.
e o capibaribe
transformado
num mar
de cerveja.
André Espínola
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Mar de Cerveja
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quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Paleontologia
*
Se decidires revelar
esses restos que jazem
dentro de teus olhos
de oceanos extintos
Não hesite.
Há tantos anos
escavo mundos
em busca dos meus pedaços
perdidos em tua Íris,
Fósseis, incrustados, nesse teu azul tão triste.
(Jessiely Soares)
Postado por Jessiely Soares às 20:34 2 comentários
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terça-feira, 5 de agosto de 2008
Nobreza Celestial
Tive que viver até aqui,
para descobrir,
que dentre todas as profissões que existe,
que sou desprovido de qualquer talento.
Já tentei ser médico,
mas a cor e odor do sangue,
me desmaiam involuntáriamente.
Já tentei e me esforcei em ser pintor,
porém a estrutura dos largos ossos,
não me possibilita a firmeza nos traços,
talvez por isso,
meus passos seguem linhas sinuosas,
borrando a planta dos pés.
Advogado, vendedor, arquiteto, médico,
ou psiquiatra,
nada disso,
talentos em abundância para alguns,
e eu,
nú nasci,
desprovido e sem nada!.
Tive uma visão,
do anjo do Senhor,
com uma carta na mão(...),
e, em pequenas letras douradas,
dizia:
" Talento para que?
dinheiro por que?
Se veio tão sem recursos,
tão pobre,
e nobre, como poeta!."
Postado por Thiago Henrique às 15:16 2 comentários
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quinta-feira, 31 de julho de 2008
.
não o bonde.
perdi a esperança,
sem saber o que esperava.
descobrisse eu quê esperava
e esperaria pouco mais,
mas não: aqui, no “vasto mundo”,
ninguém sabe o que espera:
espera.
Felipe Leal
Postado por ofilhodoblues às 11:19 1 comentários
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segunda-feira, 14 de julho de 2008
Da preguiça
a tarde avança,
preguiçosa,
sobre camas,
gravetos
e armários,
como se contida
na essência
dos cantos dos pássaros.
André Espínola
Postado por ofilhodoblues às 21:01 1 comentários
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quinta-feira, 26 de junho de 2008
Sobre o sentir
Não sinto com os olhos,
Com o tato, o olfato, a boca
Nem sinto o que ouço.
Essas coisas – coisas é o que são –
Se me revelam concretas a mim:
Um jogo de fora para dentro.
A impressão, pessoal embora,
Que delas tenho – abstração minha -,
A isso dou o nome sentimento.
Postado por ofilhodoblues às 09:23 2 comentários
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terça-feira, 24 de junho de 2008
Devaneio Vivo.
Já fui Homem e guardava no peito a promessa de futuro,
- futuro este-,
Que na contra-mão das oportunidades,
o esmaguei na minha própria palma,
tornando farelos,
o que me sobrava de vaidade.
Tive a pele tingida pelas marcas da garoa,
- e a alma manchada em tom vinho -
o olhar de pecados que não cometi.
A brada voz silênciosa,
(...)a silhueta da lua no rosto.
Conheci todo tipo de maldade,
no agradável semblante de fêmea,
e não me arrependi,
de sofrer mutação do estado de pureza,
convertida em "poesia".
Hoje,
busco folêgo onde "há vinho".
Reflete no meu cálice,
a força da vida,
que deixou de ser devaneio meu,
misturado aos sonhos do vadio,
que tilinta futuro
não publicado!.
Postado por Thiago Henrique às 13:02 0 comentários
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